Junta de Freguesia de Bárrio e Cepões Junta de Freguesia de Bárrio e Cepões

História

Freguesia de Cepões

RESENHA HISTÓRIA DE CEPÕES
A origem do topónimo Cepões não tem especificamente definida a sua origem, ou pelo menos não se pode afirmar com convicção qual seja a sua procedência, porém se nos reportarmos à informação contida na história da freguesia irmã de Cepões do concelho de Lamego, distrito de Viseu, verificamos haver uma hipótese de Cepões ser uma derivação ou corrupção de um topónimo pessoal, ou seja tal como na freguesia de Cepões de Lamego, que em 1537 aparecia escrita como Seponis, cuja origem toponímica parece rever-se num nome romano “Seponis” que foi um possessor romano, também é possível que Cepões de Ponte de Lima possa ter a sua origem toponímica num nome romano, visto a sua antiguidade estar documentada desde a fundação da nossa nacionalidade.
Instituída logo nos primeiros tempos da nacionalidade, a antiga freguesia de S. Tiago de Cepões foi da comarca de Viana, termo de Ponte de Lima.
Era vigairaria da apresentação do arcediago de Labruja e passou mais tarde a reitoria.
O pároco - escreve o Pe. Carvalho - "tem dez mil réis de ordenado, dois alqueires de trigo, cinco almudes de vinho, um alqueire de milho de cada freguês, um quarto de centeio e o pé-de-altar, que é incerto".
Aproveitou do foral manuelino passado a S. Martinho, a 2 de Junho de 1515.
Em 1878 aparece no julgado de Calheiros.
Era nesta freguesia a célebre Torre de Parada, de que era senhor D. Martim Garcia de Parada, que viveu no tempo de D. Afonso Henriques e que foi pai de Durão Martim Parada, vice-mordomo e depois mordomo-mor de el rei D. Dinis.
Foi uma das importantes torres senhoriais ou solarengas construídas a norte do rio Douro durante o século XII.
Eram pontos de defesa e baluartes da Reconquista. Também conhecidas por casas-torre, são a mais antiga forma de residência senhorial.
Com uma estrutura semelhante à torre de menagem dos castelos, tinham planta quadrangular, desenvolviam-se em vários andares e eram rematadas por ameias e seteiras, segundo os cânones militares.
Nesta zona do país, as residências senhoriais de implantação rural, os solares, constituem uma área importante da arquitectura doméstica, com modelos-tipos bem definidos e uma evolução própria, desde a simples torre medieval até às quintas oitocentistas. No âmbito da história da arquitectura, são particularmente significativos, por assimilarem elementos eruditos e populares de carácter regional e preservarem modelos vernáculos.
No livro “Inventário Colectivo dos Registos Paroquiais” Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo, podemos ler textualmente:
 « Na divisão das igrejas earcediagados da diocese de Tui. em 1 de Dezembro de 1156, Cepões passou a pertencer ao bispo, juntamente com mosteiro e couto de Labruja de que era anexa. Além de Cepões, Rendufe e metade da igreja de Romarigães foram também anexadas àquele mosteiro. Na lista das igrejas situadas no território de Entre Lima e Minho, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, em 1258, Cepões é citada como uma das igrejas per­tencentes ao bispado de Tui. Em 1546, sendo arcebispo D. Manuel de Sousa, foi organizado um Memorial pelo vigário da comarca de Valença, Rui Fagundes, onde Cepões figura novamente como anexa ao mosteiro de São Cristóvão de Labruja. No Censtial de D. Frei Baltasar Limpo, na copia de 1380, São Tiago de Cepões figura como sendo anexa perpétua a São Cristóvão de Labruja.
Segundo Américo Costa, Cepões era vigairaria da apresentação do arcediagado de Labruja, passando mais tarde, a reitoria. Em termos administrativos a freguesia de Cepões aparece, em 1878, no julgado de Calheiros».
Em Cepões nasceu, a 17 de Agosto de 1812, António Bernardino de Meneses, sapiente lente catedrático da Faculdade de Teologia e grande pregador do qual Camilo Castelo Branco se ocupa elogiosamente no segundo volume das "Horas de Paz". Doutorou-se em 29 de Setembro de 1851. Foi cónego da Sé de Coimbra, arcebispo de Penela, monsenhor e protonotário-apostólico.
Professor, teólogo, político que sofreu o exílio por amor da Liberdade, sacerdote e protector dos estudantes e dos pobres, António Bernardino de Meneses viria a falecer em Viana, em 1890.  
 
Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias- Autarcas do Séc. XXI, Inventário Colectivo dos registos Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo.


Freguesia de Bárrio

RESENHA HISTÓRIA DE BÁRRIO

Nas Inquirições de D. Afonso III (1258), aparece com o nome de S. Miguel de Labruja, fazendo parte da terra de S. Martinho.

Pertencia ao antigo arcediagado de Labruja.

Mais tarde foi vigairaria da apresentação do visconde de Vila Nova de Cerveira, no termo de Ponte de Lima.

No livro, “Inventário Colectivo dos registos Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo” pode ler-se na integra: «Em 1258, na lista das igrejas situadas no território ao norte do rio Lima, elaborada por ocasião das inquirições de D. Afonso III São Miguel de Bárrio aparece como uma das igrejas subordinadas ao bispado de Tui.

No catálogo das mesmas igrejas, de 1320, mandado organizar pelo rei D. Dinis, para pagamento de taxa São Miguel de Bárrio foi taxada em 20 libras.

Em 1444 a comarca eclesiástica de Valença, situada entre os rios Lima e Minho, foi desmembrada do bispado de Tui, passando este território a pertencer ao bispado de Ceuta, até 1512. Neste ano, o arcebispo de Braga. D. Diogo de Sousa, deu ao bispo de Ceuta D. Henrique, a comarca eclesiástica de Olivença, recebendo em troca a Valença do Minho.

Em 1513, o papa Leão X aprovou a permuta. No registro da avaliação de 1546, feito no tempo de D. Manuel de Sousa, a igreja de São Mi­guel de Bárrio foi avaliada em 12 mil réis. Na cópia de 1580 do Censual de D. Frei Baltasar Limpo, refere-se que São Miguei de Bárrio era da apresentação de leigos. Diz-se no mesmo documento que o padroado da igreja pertencia ao visconde de Ponte de Lima, por doação que lhe fora feita por várias pessoas.

Segundo Américo Costa, Bárrio foi abadia da apresentação do visconde de Vila Nova de Cerveira».  

 

Fontes consultadas: Dicionário Enciclopédico das Freguesias, Freguesias- Autarcas do Séc. XXI, Inventário Colectivo dos registos Paroquiais Vol. 2 Norte Arquivos Nacionais /Torre do Tombo.

 

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